quinta-feira, 2 de junho de 2011

Reunião dia 24-05-2011

REUNIÃO LAC – 24-05-2011
No dia 24 de maio de 2011 tivemos a quinta reunião do LAC sob a coordenação da Profa. Dra. Ana Carolina Mundim.  A reunião que se iniciou às 16h45min e terminou às 19h. Teve a  participação das professoras Ana Carolina Mundim, Renata Meira Bittencourt, Kalassa Lemos, Paulina Maria Caon e da técnica coreógrafa Ana Carolina Tannús. No momento da apresentação da pesquisa da Profa. Renata Meira (segunda parte do encontro), contou com a presença da Profa. Luciana Arslan.
- Observações das participantes sobre problemas (buracos no taco) no piso do LAC. Nina informa que já solicitou a manutenção. Falamos sobre o uso de cadeiras inadequadas para o piso, que pode ter gerado esse problema. Renata informa sobre as possibilidades de pedido de material permanente (cadeiras, praticáveis ou bancos apropriados para o chão e inclusive para as aulas de educação somática e expressão corporal), conforme verba para melhoria dos Laboratórios de Ensino que estão disponíveis no momento. Segundo Renata Meira, já foi avisado para Nina essa possibilidade de solicitação.
- Divulgação da Festa Junina do Grupo Baiadô – vinculado ao LAC – no dia 03-06-2011, que será realizada na Oficina Cultural de Uberlândia.
- Os cartazes para Jam estão sendo pedidos em cima da hora em relação aos prazos da gráfica (um mês de antecedência). Além de passarmos a programá-los com mais antecedência, nos propusemos a pensar a programação para o segundo semestre e antecipar a concepção dos cartazes. Solução proposta pelo laboratório: em julho, selecionaremos duas fotos de Jams anteriores para que Jackson adiante a produção dos cartazes de agosto e setembro. Assim, a partir dessa ação, estaremos sempre produzindo os cartazes com pelo menos um mês de antecedência. Também foi sugerido que façamos uma pré-seleção de imagens para o cartaz, oferecendo cerca de quatro imagens, por exemplo, para votação pública em nosso blog – fomentando a participação coletiva na decisão das imagens dos cartazes e a freqüência no blog.
- Calendário das Jams do segundo semestre: 16-08, 20-09, 18-10, 08-11, 06-12 (provavelmente) – na semana de encerramento do semestre.
- Sobre o registro fotográfico das Jams: Nina está responsável pela solicitação/reserva da máquina e combinação do fotógrafo responsável.
- Ana Carolina partilha a reunião realizada com Dickson da Secretaria Municipal de Cultura sobre a realização de Jams em parceria UFU – Secretaria. Dickson acredita que a melhor estratégia para esse início de parceria seria a realização de Jams alternadas na UFU e em outros espaços da cidade. Ele se dispõe a coordenar uma Jam e sugere também a Sra. Ormezinda do grupo Manos do Hip Hop. Essa estratégia não parece a mais adequada para as integrantes do LAC neste momento.
É proposto um plano de ação: no semestre que vem, fazer trabalho de divulgação da Jam na comunidade; em 2012, alternaríamos os espaços de realização e pessoas diferentes para coordenação, conforme diálogo com Dickson. Para o momento, Ana Carolina pedirá que eles incluam nossa programação na agenda cultural da cidade, configurando um início de parceria, em forma de apoio. Também convidará Dickson para vir à próxima Jam e consultará sobre data possível para condução dele ainda em nosso espaço.
Também falamos sobre os diferentes contatos que podem ser feitos para artistas da cidade para que venha coordenar Jams em futuro breve. Vislumbramos algumas redes de artistas para compor nossos contatos e ampliar gradativamente as relações: artistas/estudantes do pós-graduação, artistas independentes, artistas das academias, artistas da cultura popular.
Sugestão de Renata: para o caso da pós-graduação, lançar convite para todos mestres e mestrandos (como modo transparente de atuação) que se inscreveriam como interessados para coordenar. Um dos critérios de escolha: ter vindo em alguma Jam anterior; outro procedimento: análise de release do que o pós-graduando pretende propor na Jam. A coordenadora manifesta a preocupação em relação à possibilidade de surgimento de uma grande demanda após essa divulgação e, inclusive, à necessidade de trabalho coletivo para a seleção dos interessados em coordenar. Paulina se dispõe a auxiliar no processo de análise de propostas, caso haja sobrecarga de tarefa.
Encaminhamento: Kalassa entrará em contato com os mestrandos que já vieram em Jams para verificar o interesse deles em coordenar no semestre que vem.  Nina enviará e-mail para Regina (secretaria da pós-graduação) para que ela re-envie a mensagem convidando para participação na Jam de junho.
Em relação à divulgação da Jam em geral, propusemos incluir a rede virtual como meio de divulgação – construirmos um mailing, enviar o cartaz compactado para esse mailing, blog do LAC e redes sociais.
- Nina pede novamente para conversarmos sobre empréstimo de materiais e colchonetes:
1 - A Profa. Ana Carolina lembra que levou o tema para o colegiado, consultando os docentes sobre a adequação de nossas propostas de organização e o interesse de todos em utilizar procedimentos e critérios para empréstimo. Os docentes manifestam que todos os laboratórios se sentem no mesmo processo de organização e estão interessados nisso. A percepção é de que há poucos anos atrás a comunidade do curso (estudantes e docentes) era pequena e cresceu muito, portanto o processo de mudança de hábito em relação a empréstimo de materiais é lento. Por hora, enquanto a divisória está em reforma, Nina colocará um cartaz para que todos possam registrar a utilização de materiais sem reserva. Caso haja desaparecimento de materiais, registrar o fato e enviar para o administrador de bloco, em nosso caso, Alex Dorjó.
2 – Toda vez que os colchonetes estiverem fora do espaço, é responsabilidade de Nina pedir ajuda aos estudantes e docentes para trazer de volta ao LAC e também registra-se o fato.
- Passamos à segunda etapa da reunião – partilha da pesquisa da Profa. Renata Meira: Corpo e Cultura – uma trajetória de pesquisa em Artes Cênicas, que envolve três temas basicamente: educação somática, culturas populares e processos de criação, com suas transversalidades: 1 - experiências e subjetividades, 2 - escutas e escrituras, 3 - diálogos, ressonância e processos educativos. Elementos bastante imbricados, segundo ela, em sua utilização de uma abordagem sistêmica.
* Renata articula sua partilha da pesquisa a partir de um histórico de sua trajetória na constituição dos eixos de pesquisa atuais.

- Para a próxima reunião (28-06), na segunda hora Kalassa apresenta sua pesquisa.


Auxílio-memória da fala de Renata Meira:
* Do convívio com o trabalho de Graziela Rodrigues, o que compõe as ações e compreensões da pesquisadora até hoje é: a anatomia simbólica, a pesquisa em campo, menos para recolher informações, mas me abrir para experiências, segundo G. Rodrigues, “co-habitar com a fonte”. Do convívio com Tião Carvalho e no grupo Saia Rodada de Campinas vieram muitas das formas de trabalho no Baiadô – pesquisa e prática de danças brasileiras.
* Pontua que atualmente suas formas de estudo incluem a formação acadêmica, as práticas do Baiadô, as orientações (graduação e pós), as experiências nas disciplinas , grupos de pesquisa e ações de extensão.
* Trabalhou por cinco anos nos programas institucionais de formação continuada, junto a educadores (interdisciplinaridade) e movimentos sociais – educação, saúde e culturas populares (educação popular), amadurecendo elementos para sua pesquisa.
Fala sobre o uso de diferentes procedimentos de escuta, registro e reflexão nesses trabalhos: cadernos do eu, protocolos, caixinha de bilhetes (procedimento elaborado pela profa. Vilma) – caixinha para se deixar bilhetes com impressões sobre o encontro e críticas com sugestões.
* Ainda utiliza o conceito de dança popular no trabalho do Baiadô, com a idéia de estabelecimento de diálogos e não de resgate ou recriação. Baiadô é um termo usado para os dançadores populares, um dançador sagrado, presente principalmente no Maranhão, em muitas toadas (caroços, etc.).
* O trabalho mais recente, um grupo de pesquisa, após a experiência do Grupo de Pesquisa Tribo, é o Escutas e Escrituras – marco para a busca dessa escritura carregada de subjetividades e que revele a experiência complexa dos processos de criação. Ainda participa com Gercina de um grupo de pesquisa na Educação: Educação Popular, resultante do Programa de extensão em Educação, Saúde e Culturas Populares. Grupo já mais sedimentado, com resultados publicados e a pesquisa-ação como metodologia de trabalho. Também, há o Grupo de Pesquisa Inferiores, faiscado por Paulo Freire e Carlos Rodrigues Brandão, que não participa do diretório do CNPq. É um anti-grupo, sem líder. Uma idéia que encanta por procurar existir para além da institucionalidade, mas não para além do conhecimento, segundo Renata.
* Doutorado – Baila Bonito Baiadô... – a dança como mediador entre a educação formal e as tradições populares. Para ela, a contribuição da pesquisa são os aspectos populares de educação (indissociabilidade entre fazer, criar e aprender; integração e diálogo com o contexto; influência de diferentes processos e expressões da cultura; expressão formada por diversas linguagens artísticas, entre outros), a partir do estudos dos aspectos formativos do congado, da capoeira e do hip hop. Alguns desses aspectos populares de educação são utilizados no Baiadô e que, para ela, podem orientar um fazer análogo (uma prática coletiva) e prepara o dançador para mediar (tanto dançar outras danças, quanto partilhar com outros), um dançador híbrido, ainda que não ache esse o melhor termo. Isso que chama de hibridação é que possibilita um dançador popular, como um capitão de congo, participar de um congresso, e a uma docente universitária, dançar junto do congado.
* O projeto docente atual está no eixo da educação somática – com a idéia de realizar workshops de diferentes técnicas de educação somática para trocar entre os diferentes profissionais convidados, uma investigação dela sobre os modos de registrar isso, a participação de bolsistas.